Dá pra dizer que perdemos alguém quando sabemos onde essa pessoa está?

"Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou" (Marcos 9:37)

Em 31 de outubro de 2005, Deus nos presenteou com o melhor. Naquele dia nascia uma criança que iria mudar a vida de adultos e de outras crianças. Chegava a este mundo Mateus. Uma bênção que todos que conviviam com ele começaram a sentir em suas vidas. Começava ali uma linda história de amor, de alegria e de união.

Mateus era puro, inteligente, anjo, alegre, amigo, carinhoso, diferente, inocente, saudável, companheiro, criança, solidário, aluno especial, irmão no amor, primo querido, sobrinho doce, afilhado amável, neto carinhoso, príncipe, filho querido, enfim, Campeão.

Hoje, completam-se cinco anos em que descobrimos essa relação. Cinco anos de vida alegre e de prática do verdadeiro amor. Uma simples criança revoluciona as nossas vidas e nos ensina a mudar nossas prioridades, nossos valores e nos ensina a viver.

Vivemos, eu e sua mãe, intensamente. Exploramos toda a alegria que o Mateus podia nos passar. Tínhamos overdose de sorriso. Os momentos são inesquecíveis. Ainda não inventaram um HardDisk capaz de armazenar todas as lembranças que temos com ele. Temos a certeza de que fomos pais presentes, atuantes e que fizemos e cumprimos com mérito a missão que o Senhor nos deu.

O Mateus foi nosso músico, nosso super-herói, foi nosso piloto. Conosco, ele viveu e aproveitou a vida. Foi ao circo, à praia, ao mar, ao rio, pescou, viajou, foi ao zoológico, ao Teatro, ao nosso Teatro Amazonas, foi às cachoeiras, andou de helicóptero, pegou frio, subiu a serra, se lambuzou de chocolate, amou seus primos, disse “eu te amo” a quem realmente amava, louvou a Deus, morou fora de Manaus, pulou carnaval, fez natação, estudou, representou, se fantasiou, comemorou, torceu, brincou com os animais, doou aos pobres, enfim, viveu. E o que é melhor, não éramos nós que levávamos o Mateus para se divertir, era ele que nos alegrava. Nos enchíamos de orgulho e de felicidades vê-lo saltitante, com aquele sorriso deslumbrante.

Obrigado, meu Deus, por ter nos presenteado com esse pequeno grande ser. Através do Mateus, o Senhor nos ensinou a amar, a viver, a preservar a nossa vida e a viver em comunhão. Hoje, sabemos que o Mateus não era desse mundo. Veio apenas cumprir a sua missão. Também temos a certeza que ele está na Glória. E, neste 31 de outubro de 2010, temos sim, muito a comemorar: queremos comemorar esses belos momentos de alegria extrema, de felicidade exponencial, de amor incondicional. Parabéns, filho. Você faz parte de nossas vidas e de nossa história. Não lhe perdemos. Afinal, dá pra dizer que perdemos alguém quando sabemos onde essa pessoa está? Pois é, o Mateus está ausente no corpo entre nós, mas na presença do Senhor.

Para finalizar, transcrevo parte do livro “A Divina Revelação do Céu”, de Mary k. Baxter, onde a autora descreve sobre o lugar no Céu, para onde vão as crianças e o que lhes acontece quando morrem. Segundo a autora, essa região do céu da qual se refere emociona muita gente. De todas as partes visitadas no céu, o lugar mais maravilhoso foi, sem dúvida, onde ficam os bebês e as criancinhas, cita Baxter.

UMA REUNIÃO CELESTIAL

Um anjo do Senhor me disse:

— Desde o momento em que foi concebido, um bebê já é uma alma eterna. Se um feto é abortado, de forma natural ou não, ou se por alguma razão morre, Deus sabe de tudo o que acontece. E ele já deu ordem a seus anjos para que cuidem daquela alma.

O anjo continuou:

— Nós levamos a sua alma para o céu, e então Deus completa a sua formação. Não importa se um bebê foi abortado de propósito ou se morreu naturalmente. Ele será moldado e formado até a perfeição pela poderosa mão de Deus.

Disse ele ainda:

— Se os pais dessa criança viverem retamente em Jesus Cristo, quando forem para o céu reunir-se-ão com ela e conhecerão os seus queridos. Eles se encontrarão nos portais da glória!