quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para onde meu filho foi

Desde que devolvemos nosso filho ao verdadeiro Pai, muitas são as manifestações de carinho que temos recebido de familiares e amigos. A mais comum tem sido nos presentear com livros que as pessoas julgam ter alguma mensagem de consolo para tudo o que aconteceu. Realmente, a maioria deles tem nos informado, acalmado e despertado em nós, o sentimento de que a leitura também pode ser nossa aliada na busca do recomeço. É claro que a melhor de todas as leituras, já fazíamos mesmo antes da Grande Tristeza. A Bíblia Sagrada sempre esteve presente em nossas vidas.
Vários livros fascinantes foram nossos companheiros de cama nas altas horas. Eram leituras que entravam pela madrugada sem que a vontade de fecharmos o livro chegasse. Aliás, em muitos casos, o sono chegava primeiro que a próxima página.
O primeiro de todos, recomendado por uma amiga de família e nos presenteado por minha irmã foi “A Cabana”, de William P. Young. Livro que me fez sentir o próprio personagem central da narrativa. A estória era tão envolvente que confesso ter tido medo de avançar em algumas páginas. Mas foi muito revelador e traz uma lição espetacular. Após “A Cabana”, foram outros tão apaixonantes quanto. Mas depois entrei pra uma linha de leitura que me trouxe informações acerca do Céu, para aonde meu filho foi naquele final de tarde de domingo.
Quero aqui começar a compartilhar com vocês algumas informações sobre o Céu. Dos livros sobre os quais debrucei, vou trazer em várias partes, em vários artigos, trechos impressionantes e reveladores como o de Don Piper, “90 Minutos no Céu” e de Mary K. Baxter, com o Dr. T. L. Lowery, “A Divina Revelação do Céu”.
Antes de mais nada, quero afirmar que não tenho dúvida de que meu filho está na Glória, mas confesso que tinha algumas curiosidades de como é lá. Foi aí que o interesse por livros que tratam de Experiências de Quase Morte (EQM) começaram a fazer parte de minha vida.
Vou começar destacando trecho do livro de Don Piper , “90 Minutos no Céu”, onde ele narra a ida dele aos Portais Celestiais. É uma descrição maravilhosa, convidativa e iluminada. Essa revelação ele faz no Capítulo 2 O TEMPO QUE PASSEI NO CÉU.

Numa narrativa mais direcionada para aonde as criancinhas vão dentro do Céu, publicarei em outro texto, parte do que experimentou Mary K. Baxter em “A Divina Revelação do Céu”.
“(...)Quando morri, não saí flutuando por um túnel comprido e escuro. Não senti nada especial quando fui ou quando voltei. Nunca senti meu corpo sendo transportado na direção de nenhuma luz. Não ouvi vozes me chamando, nem qualquer outra coisa assim. Logo depois de minha última recordação visual da ponte e da chuva, uma luz me envolveu totalmente com um fulgor muito além de qualquer compreensão ou descrição humana. Só isso. Assim que recobrei a noção das coisas, eu estava de pé no céu.(...)”
Este trecho do livro de Don Piper me alivia e me faz ter a certeza de que meu filho não sentiu dor alguma, não sofreu nada naquele acidente. Ele simplesmente, quando acordou, já estava na Glória, sem se lembrar de nada nem de ninguém deste mundo aterrorizante.
“(...)Senti a alegria pulsando através de meu ser quando olhei em volta, e naquele momento percebi que havia uma grande multidão naquele lu¬gar. As pessoas estavam diante de um portão brilhante e adornado. Eu não tinha a menor idéia de quão distantes estavam; coisas como distância não eram importantes. Quando a multidão correu em minha direção, não vi Jesus, mas vi pessoas que eu conhecera. Conforme elas avançavam, instantaneamente tive a noção de que todas haviam morrido durante minha vida na Terra. A presença delas parecia algo muito natural.
As pessoas se lançaram em minha direção, e todas estavam sorrin¬do, gritando e louvando a Deus. Embora ninguém dissesse, intuitivamente percebi que elas faziam parte de meu comitê celestial de boas-vindas. Era como se todas tivessem se reunido do lado de fora do portão do céu, espe¬rando por minha chegada. (...)

A multidão me cercava, algumas pessoas me abraçavam e beijavam meu rosto; outras, por sua vez, me davam apertos de mão. Nunca me senti tão amado quanto naquele momento. (...)

Mais e mais pessoas me procuraram e me chamaram pelo nome. Senti-me intimidado ao ver tanta gente chegando para me dar as boas-vindas ao céu. Havia muitas pessoas, e eu nunca imaginei que alguém pu-desse ser tão feliz quanto toda aquela gente. O rosto de cada um irradiava uma serenidade jamais vista na Terra. Todos eram cheios de vida e demons¬travam uma alegria radiante.

O tempo não significava nada ali. No entanto, à guisa de esclare¬cimento, faço o relato de minha experiência usando o tempo como uma referência. (...)

Tudo pelo que passei era como um banquete de primeira classe para todos os sentidos. Nunca fora abraçado de maneira tão calorosa nem vira tanta beleza reunida antes. A luz e a textura do céu estão além do olhar humano e de qualquer explicação. Uma luz cálida e radiante me envolvia. Quando olhei à minha volta, mal consegui captar tantas cores vivas e des¬lumbrantes. Todas as nuanças e todos os tons ultrapassavam qualquer outra coisa que eu já tivesse visto.

Com todos os meus sentidos muito mais aguçados, minha impressão foi a de nunca ter visto, ouvido ou sentido nada tão real em minha vida. Não me lembro de ter degustado nada, mas, ainda assim, tenho certeza de que, se tivesse essa oportunidade de provar alguma coisa, seria mais gostosa e gloriosa do que qualquer outra já experimentada na Terra. A melhor manei¬ra que encontro de explicar isso é dizendo que me senti como se estivesse cm outra dimensão. Nunca, mesmo em meus momentos mais felizes, me senti tão plenamente vivo.

Ainda sob o impacto daquele comitê de recepção, eu não sabia como reagir às palavras de boas-vindas. "Estou feliz por estar com você", eu disse, e mesmo essas palavras não eram capazes de exprimir a grande alegria de estar cercado e ser abraçado por todas as pessoas a quem eu amava tanto.

Eu não tinha consciência de nada que deixara para trás. Também não sentia arrependimento por ter deixado a família ou minhas posses. Era como se Deus tivesse removido de minha consciência tudo quanto havia de negativo ou que fosse motivo de preocupação. Eu só conseguia exultar por estar com aquela gente tão maravilhosa. (...)

Tudo o que eu conseguia ver resplandeceu com grande fulgor. O máximo que posso dizer para descrever a cena é que começamos a nos movimentar na direção daquela luz. Ninguém precisou dizer que devería¬mos fazer aquilo, mas, mesmo assim, todos nós começamos a caminhar em frente ao mesmo tempo. Quando olhei adiante, tudo parecia ficar maior, como se fosse uma colina que continuava a crescer sem parar. Achei que veria alguma escuridão do outro lado do portão, mas até onde eu conseguia distinguir, nada mais havia além de uma luz intensa e radiante.

Em contraste, a luz poderosa que eu vira quando encontrei meus amigos e entes queridos era ofuscada e desaparecia na proporção em que cresciam o resplendor e o brilho que vinha do portão. Era como se cada passo meu intensificasse a luminosidade. Eu não sabia como, mas o lugar se tornava mais e mais deslumbrante. Era algo semelhante a abrir, de uma só vez, a porta de um quarto escuro e penetrar na luminosidade do sol do meio-dia. Assim que a porta se abre, os raios do sol irrompem, deixando a pessoa cega durante alguns instantes.

Eu não fiquei cego, mas me impressionou o fato de o resplendor e a intensidade da luz continuarem aumentando. Pode até parecer estranho, mas por mais brilhantes que fossem todas as coisas naquele lugar, a cada passo que eu dava, maior era o esplendor. Quanto mais eu caminhava, mais intensa era a luz. Fui envolvido por ela e tive a sensação de que estava sendo conduzido à presença de Deus. Embora nossos olhos terrenos precisem se ajustar gradualmente à luz ou à escuridão, meus olhos celestiais enxerga¬vam tudo com facilidade absoluta. No céu, todos os nossos sentidos são po¬tencializados para que sejamos capazes de perceber tudo quanto nos cerca. É uma grande celebração Sensorial!
Fui tomado de um espanto santo conforme segui adiante. Eu não tinha idéia do que estava por ver, mas sentia que, a cada passo que dava, a coisa ficava mais extraordinária.
Foi então que comecei a ouvir a música. (...)”
O trecho em itálico é parte do livro “90 minutos no Céu”, de Don Piper com Cecil Murphey, publicado pela editora Thomas Nelson Brasil.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Emocionante! Ainda está muito viva em mim a vida de meu pai, que foi ao encontro de Deus (assim creio!) à 2 anos! Mas... "Quero trazer a memória o que pode me dar esperança" Lm 3:21 Estejamos com Deus!

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