quinta-feira, 24 de março de 2011

Será que o amor está virando algo supérfluo?

Acreditamos que podemos ter um Amazonas melhor e que o "amar o próximo" não seja apenas um chavão, visto que algumas pessoas fazem do amor, nos dias de hoje, algo supérfluo. Trago ao conhecimento duas situações que me fazem achar isso do sentimento tão sublime que é o amor.

Na semana passada, eu e minha esposa, grávida de 8 meses, fomos ao Manauara Shopping. Na ocasião, o estacionamento estava muito cheio e quase não havia mais vagas. Como tinha uma gestante dentro do meu carro, procurei de imediato uma vaga de prioridade. Foi quando achei uma e já ia me dirigindo para a mesma quando em pé, no meio do espaço reservado para o veículo, estavam uma moça, de mais ou menos 30 anos e uma criança, de uns 5 anos. Quando fui estacionar, ela disse que estava em pé guardando a vaga para o marido que já estava chegando. Minha esposa então perguntou: você está grávida? Ela respondeu: não. Dissemos a ela que aquele era uma vaga para gestante. Foi quando a jovem senhora disse: mas não tem nenhuma outra vaga, por isso vamos parar aqui mesmo, paciência. Enquanto ela terminava de debochar de mim e de minha esposa, o maridão dela entra com tudo na vaga, quase batendo meu carro. Eu olhei pra ele e disse: amigo, trata-se de uma vaga para gestante e sua esposa não está grávida. Para minha surpresa, ele sai do carro, fecha a porta com força, rir de mim e diz: daqui ninguém me tira. Deu a mão para a sua esposa e seguiu em direção à porta de entrada do Shopping.

Não acreditei no que acabara de ver. Que educação aquela criança vai ter? Que esposa é aquela que louva tal atitude do marido? E que cidadão é aquele? Está faltando amor ao próximo. Fui obrigado a procurar outra vaga.

No domingo, 13 de junho do ano passado (2010), resolvi ir ao shopping comprar algumas coisas para levar a uma viagem internacional que ia fazer e minha esposa foi a igreja. Deixamos nosso filho de 4 anos na casa de minha sogra. Naquele dia, final da tarde no bairro de Santo Antônio, aqui em Manaus, estava passando a procissão de Santo Antônio realizada pela igreja Católica. Meu filho, que estava brincando no pátio da vó, pediu pra ver o que era aquela multidão lá fora. Já terminando a procissão e começando a passar alguns carros, veio um motorista embriagado, sem habilitação e, sem paciência para esperar a procissão passar completamente, deu ré em alta velocidade, fez um "cavalo-de-pau", perdeu o controle e subiu na calçada onde estava meu filho, minha sogra, outros parentes e vizinhos. O carro levou meu filho contra a parede e o matou na hora. O quê que um cidadão sem habilitação, sob efeito do álcool, vai fazer no meio de uma procissão?

Todo dia choro com minha esposa a falta do Mateus (nosso presente de Deus). Mas Deus é tão bom, que já estamos esperando o Isaque (filho da Promessa), que há 8 meses foi gerado sob as bênçãos do Senhor.

São resumos de duas histórias de como o ser humano está esquecendo do mandamento mais importante que Deus nos ensinou: amai ao próximo como a si mesmo.

No final do ano passado, o município do Careiro Castanho homenageou meu filho colocando o nome dele no primeiro Centro de Inclusão Digital do Estado do Amazonas. Fiquei muito feliz com a iniciativa do Prefeito Joel Lobo, por meio de uma emenda do Ex-Deputado Federal Marcelo Serafim. Dessa forma, o meu filho tem seu nome eternizado numa casa do saber, onde outras crianças estarão se desenvolvendo e buscando conhecimento.

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